nem mais
sei quantas faces tenho
quantos
seres abrigo
sou o ser cuja
vagina é a origem da vida e a porta do prazer
cujos seios
amamentam e despertam desejos
santa aos
olhos dos que concebi e deliciosamente profana aos olhos daquele que me penetra
a carne e me dá seu gozo
dona da
boca que sussurra a canção de ninar e palavras sujas ao contorcer o corpo de prazer
o ser que chora e acalenta
o mais frágil e o mais forte
o mais
sensível e impiedoso
o mais
estável e mais intenso
perdido em insanidade e preso na sobriedade
a que se
ajoelha aos pés do único e é altiva por ser a rainha por ele eleita
a dona do
ventre que abriga a carne de minha carne e o sêmen do amado
abençoada e
maldita
não sei quantos
seres, prazeres e dores abrigo
nem mais sei quantas
faces tenho...
Perfeito, Denilce!
ResponderExcluirA mulher é tudo isso e tanta coisa mais...
Gostei imenso!
Obrigada Dulce querida! Fico feliz que tenha gostado! Um carinhoso abraço!
ResponderExcluirQue lindo!!! parabéns
ResponderExcluirObrigada, Enide!
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